E as laranjas ensolaradas
de bagas cítricas perfumadas
que enrolam as encantadas
fungadas da criançada
fungadas da criançada
Que lambe os beiços rosados
de mãos bem dadas,
com os vovôs endomingados
A sortearem pães-de-queijo
Nas boinas enxadrezadas
Por detrás das lentes convexas
Eu ronrono lá por perto
E fingindo ter meu neto
Entabulo a sós conversas
Mas já se viu vovô sem ruga?
Vovô rebelde que prefere
um cigarro a uma fruta?
Sem convite nem rumo:
por isso sou gatuno
Que só busca inspiração
prum poema dum cartão...
Nenhum comentário:
Postar um comentário