segunda-feira, 8 de outubro de 2012

MANIFESTO NÃO-COMUNISTA AO QUESTIONAMENTO.




Talvez eu não esteja escrevendo por razão comprovada, talvez sejam apenas sufocos irracionais acerca dos alardidos fatos que andam pululando por aí nas bocas dos “cidadãos-por-oportunidade”. Tais fatos andavam em túneis como toupeiras maliciosas, embaixo da nossa terra cotidiana. Foram crescendo e ganhando seus devidos aspectos visíveis e noticiáveis. Após muito modelados e engordados nos subterrâneos políticos e midiáticos do Brasil, surgem já aceitos e demagogados para todos os atenciosos ouvintes. Enfim, darei as caras logo para não parecer enrolado por demais.
Algo me parece estranho. Partidos políticos se digladiam no nosso campo de batalha pós-ditadura para ver quem fica com qual pedaço da riqueza que sobrou. Riqueza que ninguém viu ou usufruiu. Dada a ausência de demais pesquisas por minha parte, recito apenas impressões humanas. Nada de pesquisas maquinais e dados totalmente corretos para todos. Nada de provas, como aquelas irrefutáveis apresentadas pela rede Glóbulo de comunicação para condenar os “maiores e únicos bandidos que o país já conheceu” - Uns murmúrios de um passarinho na minha janela me dizem que os entogados talvez optem pela pena de morte temporária para eles, tratando-se de um hediondo caso excepcional-  A desculpa é que uns bobos se esqueceram da frase completa de Augusto Comte “Amor por princípio e a ordem por base; o progresso vem por fim” e guilhotinaram o amor. Noel Rosa já falou sobre isso mas deixaram a bandeira como está, custaria muito aos cofres públicos a reparação de todas as bandeiras com um pouco de amor.
Li e reli vários comentários sentenciosos no facebook, o único lugar onde grande parte das pessoas opinam hoje em dia, nada de urnas ou ruas. Todos eles execrando alguns dos senhores ministros que andam rejeitando as provas apresentadas contra os mensaleiros petistas: “lewandovski deveria morrer, e digo com letra minúscula para ofender Mesmo”; “meu herói usa capa preta e não e o Batman” (referindo-se a Joaquim Barbosa);”os maiores bandidos do país sendo absolvidos??? procurados até pela interpol!!! este Brasil tem que acordar e parar de aceitar tudo acabando em pizza!!!”.
Os dizeres aí atrás me soam estranhos por alguns motivos listados mais à frente. Deixando claro  antes que, de forma  alguma, gosto de mensalões nem de corrupção. Sou um cara legal... Acho. Não sou petista também e nunca fui integrante da cúpula deste referido partido ou dos demais que criticarei. Portanto, trata-se de um discurso observador, e não participativo, nada de certezas, só especulações. Aliás, não cito fatos, cito farejamentos, cheiros de coisas erradas sendo queimadas nos quintais distintos Brasil afora.
 Digamos que começarei com um insignificante:  “Só sei que nada sei -  Mas duvido que os que dizem que sabem alguma coisa, realmente a sabem mesmo”.

Claro que o cerne dos males misteriosos que assombram o bom caminhar da política brasileira – global também - , está naufragado em águas muito mais turvas e profundas.  Então, nadando em águas mais translúcidas para nós, meros especuladores, fica aqui o meu ponto de partida, já bem avançado nas sequências dos males, muito à frente do verdadeiro início de tudo. Se é que existe algum início.
Comecemos então pelo financiamento privado das campanhas politicas. E digamos que ele seja um dos maiores absurdos, um dos grandes arremessadores de cocô sobre o enorme ventilador dourado que gira sobre a Política e seus ternos.
O grande problema não está no PT, PSDB, PMDB de fato, e sim na competição que lhes é imposta. Não resta saída: deve haver dinheiro para as campanhas, para interesses, para a sujeira do jogo político. Partido pequeno não faz lei nem arrebanha militantes de peso.
 E isso mostra ainda mais a vulnerabilidade do cidadão-por-oportunidade, que adere às causas não necessariamente pelo conteúdo destas causas, e sim por quem e como elas lhe são expostas.  Se tem muita propaganda e opinião na mídia, sorrisos esbranquiçados pelo photoshop, colhões no judiciário ou nas armas para calar algumas bocas – como a minha - e por aí vai.
Partido pequeno não faz cóçegas. Para subir ao poder e mudar a política do país, o partido tem que ganhar este poder, sugá-lo. Portanto, não só o “Maior Esquema de Corrupção do País” é comum, mas também é necessário para tais partidos fazerem o que pretendem neste jogo. Claro que isso é um lixo, não legitima as ações dos Mensaleiros e está totalmente errado.
É repulsivo, mas este male corre nas veias dos jogadores e de todos os grandes partidos. Não obstante, nestes grandes partidos ainda se encontram grandes políticos(as), grandes ideias, grandes futuros. Mas essas belezas acabam dependendo desta droga viciosa, que lhes dá a esperança para agir e mudar. O leitor deve estar se perguntando onde este maluco aqui quer chegar. Não quero chegar em nenhum lugar, acho eu, quero apenas questionar o lugar em que estamos. Inclusive digo coisas óbvias demais e, possivelmente, até ofensivas para alguns.
Chegando a este ponto, vemos a grande culpa da corrupção brasileira ser jogada em cima do PT e dos referidos acusados, sendo que ela espalha-se por todos os partidos, os excessivos e errantes partidos, indecisos partidos, icógnitos partidos, partidos cheios de  pessoas e vazios de ideias. “Vamos sanar a política brasileira deste male!”dizem os Cruzados midiáticos: Tudo em nome do seu Deus, tudo em nome do poder dos Cruzados. Em nome do seu lado do jogo.
Este texto não faz parte do jogo. Só fala dele.
Quem sou eu para falar e julgar as provas expostas no julgamento?! Nem assisti às suas transmissões, que andam mais festivas do que as da Copa do Mundo.
Agora, e os advogados do facebook, leram as provas? Leram os relatórios? Leram os argumentos do “lado negro/vermelho da força”? Leram o passado dos ministros que estão crucificando com as tuitadas? Por acaso vão pesquisar os fatos que citarei aqui?
Pensemos obviamente. Realmente acho que houveram crimes ali. Mas E SE não houvesse crime algum? Alguém duvidaria, ou iria contra a mais forte corrente revoltosa já criada pela mídia brasileira neste terceiro milênio? Diante do exército de um país inteiro seguindo as ordens do General-televisivo, com pedras e garrafas na mão a mirar o tribunal, quem se ergueria?
Não creio que no corrente julgamento os juízes do supremo arriscariam-se em aceitar propinas para inocentar crimes que supostamente eram tão óbvios. Não questiono isto  porque sei de alguma coisa, já disse que não sei nada. Questiono isto, porque me surpreendi com a atitude destes ministros. Parecia tudo tão óbvio, tão provado, parecia que os crimes estavam realmente feitos e admitidos, com digitais, filmagens e documentos autenticados pelo cartório-do-senso-comum. Como assim o Sr. Lewandovski dá sua cara a tapa assim? Não me surpreenderia se ele virasse o réu ou então levasse um tiro na cabeça em meio às suas investigações. Tal qual ocorreu com um Policial Federal que investigava a CPI do Cachoeira,  mas nada foi noticiado né. Ops, esqueci-me de que esta mídia que anda fazendo papel de Juiz e de General (quanto poder heim, judiciário e militar numa só tacada) tem alguns afetos pelo Bicheiro, afinal todos gostam dele, certo? Os jornais estavam ocupados televisionando o Futebol, a Avenida Brasil, os filhotes do labrador da Dilma Rousseff e o Mensalão. O que não torna tais matérias estúpidas. Estúpido é o papel que elas têm na mente do brasileiro, o de ludibriar, o de ocupar espaços vazios.
Realmente é estranho. Será o Lewandovski masoquista ou corajoso? Levanto apenas esta pergunta. Além do mais, existem algumas manchetes por aí questionando as provas do mensalão e inclusive mostrando falhas nelas. Não li, não me interessa pormenores jurídicos e sim o questionamento.
 Ver o outro lado da moeda é válido antes de tentar iniciar protestos-por-oportunidade. De repente, todos os mudos se unem em torno de uma causa, com os mesmos argumentos e ódios. Será mesmo que todos eles pesquisaram minuciosamente a respeito e leram variados textos e atas processuais, chegando todos às mesmas conclusões imperiosas, indênticas nos argumentos e jargões? Seria a conclusão tão óbvia assim? Me parece que apenas seguiram seu cotidiano papel de serem massas de manipulação, massinha de modelar para políticos e jornalistas de fraldas brincarem.
Quando todos começam a gritar a mesma coisa que a televisão grita e que a revista  empapela eu questiono esta coisa a ser gritada. Talvez estas pessoas não estejam pensando por elas mesmas. E sim por uma mídia históricamente parcial e suja. A mesma mídia que foi porta-voz da ditadura militar brasileira, defendendo a causa Norte-Americana àcima da brasileira, dizendo que os comunistas comem criancinhas e que João Goulart era um destes monstros – os livros de história me ensinaram que João Goulart era um pouco diferente,  propôs uma reforma agrária que meteu medo até nos americanos lá de longe, que logo aproximaram-se com seus canhões. Ah, já ia me esquecendo, a reforma agrária fez parte das medidas estatais que fizeram os EUA enriquecerem-se e tornarem-se Superpotência no século XIX. Sim não foi o liberalismo que enriqueceu os EUA, e sim o ignomioso gigantismo estatal. Mas para que os EUA deixariam o Brasil seguir seus passos sem medo de ser feliz? À essa altura a reforma agrária tinha virado coisa de comunista, terrorista – coisa de deturpadores da família, da igreja e do privilégio da elite. Era melhor para os americanos deixarem o país pobre com os seus ricos sorrindo.  
Esta mesma emissora apoiou Sarney - dispensa comentários-, elegeu Collor numa manipulação de imagem medonha feita num debate entre o homem que sofreu o Impeachment e Lula (A rede globo fez cortes humilhantes na transmissão do último debate pelo Jornal Nacional e colocou pastas virtuais sobre a mesa de Collor, para fazê-lo parecer importante. Ficou ridículo, dadas as artimanhas digitais da época, sem o photoshop, videoshop, que seja). E olha só que coincidência que acabei de descobrir: Roberto Jefferson, o ex-obeso que denunciou o mensalão, era da linha de frente que defendia Collor durante seu Impeachment, movimento que depôs o falastrão. E olha só, as denúncias eram contra o PT,o  partido de Lula, o cara que era rival de Collor há tempos e que virou presidente duas vezes depois. Mudar drasticamente a aparência não se aplica à cabeça e ao encaixamento das ideias. Esqueceram-se disso ou realmente ninguém reconheceu o Jeff.
Não me preocupa se o Lula é honesto e se seu partido deve ganhar alguma eleição. Deve estar sim envolvido em picaretagem, como é de praxe para grandiosos partidos. Mas Caixa 2 é algo bem diferente, gritantemente diferente de corrupção e organizações mafiosas com direito a figurinos diabólicos e chamas infernais nas capas da revista VEJA. Caixa 2 é a consequência mais direta – mas não é a mais suja - deste estilo eleitoral de financiamento privado das campanhas. Nossa, olha só o que mais meus botões me convidaram a imaginar: Estas ideias de privatização, política de liberalização do capital, financiamento privado de campanha, diminuição da função do capital público, etc.,  me parecem mais da oposição direitista do que do próprio PT. Claro que não isenta o Partido dos Trabalhadores de nada, mas altera, e muito, o ponto de vista desta calhordisse.
Redirecionando-me ao outro comentário que tive o desgosto de ler, era dizendo sobre José Dirceu. Realmente este homem tem cara de bandido. Mas não o conheço nem tenho provas contra ele, muito menos à favor. Mas falar que ele é perseguido pela Interpol é demais. Este é Paulo Maluf. José Dirceu era um “terrorista”que combatia a ditadura militar no brasil. Nos tempos da Ditadura, quem combatia o regime era preso,  condenado e até morto. Então quem vai me garantir que os sujeitos que fazem oposição à poderosa mídia não serão denunciados, julgados e... cassados? Está certo que a ditadura acabou. Era um elitismo conservador, coronelista, norte-americano, interesseiro, concentrador de renda, demasiadamente escancarado. Hoje, este ideário da direita é encapuzado. Esconde-se atrás de fina seda, em que palavras bordões desenham-se: Social-democracia, Democratas, Progressista, Trabalhista. Mostrar o escopo da direita é sinônimo de derrota nas urnas. Por isso ele é velado. Atualmente alguns antros da Direita tem “Socialista” no nome. O partido de Hitler tinha, e matava os comunistas.
A mídia é mais inteligente do que a maioria dos seus telespectadores. Se disserem às massas que querem continuar explorando-as, estaria lascada. Não se pode fazer isso. Não sei se um dia pôde, mas os livros de história do Brasil angustiam qualquer um que os leia. - Ah, já ia me esquecendo, a revista Veja também não gosta muito destas disciplinas humanas que ajudam o homem ignorante e bruto pensar por si próprio. A revista condenou o ensino de filosofia e sociolofia nas escolas públicas, dizendo  que eram ideias da esquerda, marxistas, tolas, retrógrada. Lamentável. Qualquer pessoa que estudou estas matérias sabe muito bem que o conhecimento provido por elas certamente faria o povo brasileiro pensar melhor no que escuta e vota. A Filosofia e a Sociologia têm suas diversas correntes de pensamento, cada qual para um lado, há direita, esquerda, cima, baixo, cabisbaixo. Porque o povo brasileiro não pode ter a capacidade de escolher a sua? Vai sempre escolher o lado errado? Jamais terá capacidade de saber o que é Realmente bom para ele? Indignante.
Voltando ao Paulo Maluf, procurado pela Interpol, e chegamos ao jurássico partido da Ditadura Militar, a ARENA – além de bandido, cara-de-pau, o sujeito ainda apoiava este regime putrificado. Bem lembrado. A ARENA deu origem ao PDS e ao PFL. Estes dois lobos na pele de carneirinhos vieram paridos diretamente desta gárgola de duas cabeças. De cada cabeça veio um lobo, que rapidamente se vestiram com nomes mais graciosos, para assim desmanchadem o passado macabro. Tornaram-se inocentes carneirinhos. Bem, o PDS virou o atual PP, do Paulo Maluf.  O PFL  virou o DEM. Democratas, o nome cai bem. O partido que lidera o rol da vergonha, com mais políticos cujos mandados foram cassados por corrupção. O  vermelho do sangue da ditadura foi substituído pelo rubor do constrangimento. Continuando nos encadeiamentos, o DEM de Demóstenes Torres tem os braços amarrados ao PSDB de Perillo. E o Tucanato anda comandando Minas Gerais e Belo Horizonte (voltarei a BH). E, espanto, o Mafioso Perillo do PSDB, dono de um Latifúndio chamado Goiás onde matar jornalistas dedo-duros é legalizado – espero que não chegue a Nova Iorque isto – ganhou uma Mansão do Carlhinhos Cachoeira . Que presentão, só cara legal.
 Voltando à fazenda do Perillo, que envolve o Distrito Federal com seus largos braços de terra, os jornalistas morrem ao lado dos investigadores. Mas não morre jornalsita da Globo não! A emissora tem os braços dados também com esta Máfia do Cachoeira! E de mão-em-mão a ciranda vai se formando. E, surpresa, o PSDB também figura em Terceiro lugar nas traiçoeiras contagens de políticos cassados.  Logo acima do PP.
Segue a lista:




Posição - Partido político
Sigla
Nº. de políticos cassados
Percentual
1º - Democratas
DEM
69
20,4%
PMDB
66
19,5%
PSDB
58
17,1%
PP
26
7,7%
PTB
24
7,1%
PDT
23
6,8%
PR
17
5%
PPS
14
4,1%
PT
10
2,9%
PPB
8
2,4%
PSB
7
2,1%
PSL
3
0,9%
PTC
3
0,9%
PMN
2
0,6%
PRTB
2
0,6%
PSC
2
0,6%
PHS
1
0,3%
PRONA
1
0,3%
PRP
1
0,3%
PSD
1
0,3%
14º - Partido Verde
PV
1
0,3%


ENFATIZO:  Não uso esta tabela emitido pela STF como dado-comprovativo ou argumento de ataque. É apenas uma simulação de arremesso de informações. Um mesmo espécime de “prove do seu próprio veneno”.

Esta trupe aí que lidera a lista, os cabeças da Ciranda, me lembram a Globo, a Veja, e uma pequena antipatia pelo PT - e pela a esquerda devoradora de criancinhas. Isto tudo é medo de um povo que pensa e é representado?(Não que eu ache que o PT represente o povo, ele é apenas um símbolo da esquerda que utilizo aqui). Medo deste povo guardar alguns rancores após descobrir ter sido traído, injuriado, feito de tolo e subestimado, por tanto tempo. Os crucificados seriam outros!
É assombroso ver um partido de bandeira vermelha no poder, claro que não ia ficar barato. A Ciranda segue girando, jogando pesado, a Máfia ainda está aí. Com suas milícias cariocas, ternos paulistas na Tv e capas da editora Abril em chamas – editora de origem norte-americana. Republicana, por sinal. Abaixo Barack Obama e seus exército de pobres que precisam do Estado para comer. Ovacionam Mitt Romney, o republicano que meteu com a língua entre os dentes ao sair em rede nacional dizendo que não precisava do voto dos 47% de americanos que precisam do governo e que por isso apoiam Obama. Se eu não me limitar às fronteiras  brasileiras, a ciranda vai me dar pesadelos à noite. Atemo-nos, mesmo o buraco sendo muito mais Acima, desta vez, e esteja em todas as esquinas.
O PT é novato no sugismundo jogo político, caiu fácil com suas artimanhas ainda virgens. Desmoralizar a esquerda e quem vai contra a corrente da Ciranda, é agora o objetivo dela. Inimaginável uma presidenta assim, estariam desesperados vendo o Brasil enfim tornar-se um país dos brasileiros? E não dos eternos colonizadores, que tanto revezaram o osso, melhor dizendo, o ouro. O Brasil é rico? Vai saber... Mas alguns brasileiros são, e muito. Continuam então acusando estudantes de esquerda de Maconheiros e de Bolcheviques assassinos. Com a cocaína ninguém mexe né, ela é cara. Lascas de diamante, que entram em uns compridos bicos mineiros, como se facilmente constata nas noites noturnas belo-horizontinas, ignorando ainda os boatos. Cheirar ou não cocaína não faz um político ser ruim. Mas ela é cara e poder dá dinheiro. Usar este dinheiro pra comprar cocaína que faz um político, não só ruim, mas monstruoso
. Em Belo Horizonte alguns se dizem aliviados ao verem a Ptralhada longe do poder. Bonito o jargão, quem ensinou? Deve ter sido quem agora premiou Lacerda com mais 4 anos para pagar construtoras para destruir e em seguida reconstruir a Avenida Antônio Carlos. Ah, já ia me esquecendo. O Sr. Lacerda andou com seus bigodes a cheirar o dinheiro do terrível Mensalão. Mas é insignificante, certo? Tanto que conseguiu proibir a imprensa de citar seu nome. Haja dinheiro. E imprensa.
Enquanto outros assuntos futebolísticos e investigações acerca das andanças de intrépidas distrações pela avenida brasil - a virtual, nada de samba na real – estas manchetes vão cobrindo o sorriso fino do Sr.Cachoeira, fazendo-nos esquecer das mudas tramóias que esconderam-se atrás da face de porcelana da Srta. Andressa Cachoeira. Estas enxurrandas de evasões limpam o Sangue do policial e a bala que lhe embaralhou os miolos tão compenetrados em seguir certa Ciranda, discreta ciranda. Foge-me aos olhos, também, os demais esquemas de perversões políticas – as sexuais são consequências óbvias – que surgiram. Mensalões tucanos, democratianos. Mais uma prova de que a palavra Democracia anda carecendo de significado. E de bom uso. Apenas após enormes e exaustivos esforços, achei as escondidíssimas referências sobre tudo isto que escrevi. Na oculta Wikipedia.
Concluindo, é Impossível acusar judicialmente alguém aqui. Uso estes nomes de partidos apenas como exemplos, cometendo assim o crime da generalização. Mas é isso que andam fazendo na Mídia sobre o mensalão, o ”maior e único esquema de corrupção já visto no Brasil.”. O que também não legitima a minha falácia. Mas a ideia, o globo dela, está passada. Pormenores serão mantidos nos arquivos para futuros juristas fazerem o certo uso deles.
Ao final deste texto, no mínimo questionemos. Não só isso, mas tudo. O que realmente pensamos? De onde veio este pensamento? As pessoas questionam a si próprias ? As pessoas questionam seus pensamentos? Bem, reitero que por mais que pareça parcial, meu texto mostra apenas um lado do campo que parece não ser mais mostrado em lugar algum. E é justamente olhar para este lado que nos leva ao questionamento. Caso permaneçamos apenas num dos lados da via, sem testar-lhe a contra-mão, não há contrapeso, não há reflexão. Só resta a abdução. O total envolvimento em um só olhar. A terra não é redonda, e ponto final. Já diziam os antigos papas. Também donos da antiga imprensa. E do pensamento.
O condicionamento do pensamento do povo sempre existiu. Clarividência popularizada é utopia, até agora. Sempre cria-se uma corrente que supostamente significa a vontade comum. E esta corrente traga quem se aproxima. Não vou citar mais exemplos na história, dariam mais sete páginas de empapamento intelectual. O ponto onde quero chegar é que: ainda somos parte da história, continuamos seguindo os paradigmas de nossos tempos, tal qual os antigos seguiam os seus. Questionemo-los. O presente virará passado, e seremos estudados da mesma forma como hoje estudamos os homens das fotografias em preto-e-branco. Olharão os nossos erros, nossas ignorâncias, nossas cegueiras. E errarão de novo sempre que se acharem perfeitos, sempre pisarão em falso ao confiarem demais nos seus pés que nunca, jamais, deixarão de ser humanos. E é por isto que escrevo, para duvidar tantos dos meus quanto dos seus passos.
 E o que são as certezas ao lado dos questionamentos? De que vale a maior obviedade do mundo se ela não é capaz de criticar a si própria e de enxergar seus próprios erros?
Restamo-nos então, de pé, olhando o país das mazelas pela nossa janela, escondidos em nossas casas. Não está nada boa a satisfação. Não parece que vai mudar se nada fizermos. Somos abusados, controlados. O que fazer então? Se jornalistas são mortos. Calam-nos. O que fazer então, se os policias são os inimigos que matam os colegas de trabalho que levantam o dedo? Amarram-nos. Façamos então o que ninguém pode impedir-nos, e muito menos fazer por nós: pensemos.
E assim  a Ciranda segue girando, infantil, sorrindo. A velha roda-viva não morreu. O Brasil se esqueceu de quem outrora morreu, tentando amarrá-la no chão. Mas ela ainda ronda por aí, paira sobre a estratosfera, nós não a vemos, mas ela nos vê lá de cima, sempre rodando, a roda, a roda-gigante, moinho, pião. E o pião ainda não sabe votar.

Com pesar e com uma fagulha de esperança, para sempre acesa,
Rafael.

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