sábado, 22 de setembro de 2012

Coceira

"Porque coças a cabeça amigo?
tem piolhos ou carrapicho?
Ou então nenhum dos dois...
Quem então lhe pinica?
um amor que não combina?"

"Oras, não me olhas nem escutas
assim me deixa aflito!
O que te afliges? Eu não minto,
mas agora me assusta!"

"Teus olhos nem são teus
neste vil metrô lotado
Não achou o que perdeu
ou estás engaiolado?"

"Seu olhar deitou no chão,
seus dedos cavam fundo
Quem controla a sua mão
não se encontra neste mundo!"

"Vem amigo, come o pão
e deixe que eu lhe acuda.
Não me importa se é suja,
diz qual é tua estação!"

-Mas, oh, que náuse amarga
 ao tocar o homem frio
Aquele torto era
meu reflexo no vidro...-





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