O que enxergas homem
que a tantas conversa sozinho?
Porque teus olhos vidrados
refugiam-se no além?
Esses olhos abertos
vagueam no vento
Meu palpite está certo
que choras por dentro?
De que fala este negro
que ninguém responde?
estão todos com medo
que lhes envergonhe?
Erguendo os braços questiona os humanos
Que baixam os olhos e apertam os passos
Porque é maluco quem fala sozinho
e não a menina que infla o peitinho?
Ele não as quer, moedas de prata
Veja nos olhos! Um abraço lhe basta!
Não entendo o inglês
do lamúrio arrastado
Mas palpito outra vez
presse pobre-diabo
Esta alma que uiva
é a voz do passado
que pergunta da tumba
porque fora escravo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário