quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Por amor às cornetas

É por amor às cornetas
que proclamo as vendettas
Não fuja a teu posto marujo
navegamos em mar sujo

Cortem-no a garganta
seus binóculos estão cegos
Nem nos vê
presos num longo ego

Nem o conhecemos
não deveríamos importar
Mas pro vento cessar
devemos navegar

Por isso teimemos
não larguem os remos
é tudo que ele quer
Qual o problema, se pelos sonhos morremos?

Ai que ódio
desse cabelo de lado
em casa, no espelho, se esfrega como um retardado
e guincha como um torturado

Mas no palco
fedendo a talco
Sua pele brilha a prata
e sua cabeça pensa na palavra
a ser dita
 pressa gente carcomida

Quem vai lhe flagar
se não seu próprio banheiro?


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