Nessa noite covarde
Apodreço na casa
Tola de monotonia
Como um cuspe na pia
Que seca sozinho
Nem ouço os barulhos
Dos jovens no escuro
Fecho a janela
Aprofundo meu mudo
Quiçá me banhei
Nem vinho tomei
Pra escrever com ideias
Desinibidas sinceras
Sou um cadáver fadado
ao eterno fracasso
Conversar com as fotos
das mulheres qu'eu gosto
Uma caveira estancada
Eterna madrugada
Não rio nem choro
Pois não faço nada
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