O adeus é feito ao avesso
da avidez do que não foi vivido
De um grito naquela manhã
em que o mundo está dormindo
Onde o grito não pôde ser grito
Digamos adeuses em linhas tortas
já que nunca é tempo de menos
pras desvivências que sonharemos...
Como cabeças que rolam pra trás
para a saudade que se desfaz:
Um olho no corpo que vai
o outro n'alma que fica, atrai
E se não deu tempo de dizer o tchau
ou desarrepender de um beijo final
Tranquilize seu adeus, pois
o pó é o começo e o destino da nuca
E o beijo é dado bem lá
Já que o nunca ao sempre será.
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