sábado, 22 de dezembro de 2012

Como eu amo essa mulher

Cara, como eu amo aquela mulher
A gente anda, come, dorme todo dia
e ainda consegue amar...
com a pressão
do abecedário da fome
fome de amor...
E ainda escreve o que bem entende
e ninguém pode fazer nada,
é inevitável, como um peso
que afunda sem isca
sem corda, pro fundão do mar...

Cara, como eu amo aquela mulher
escrevo e meus dedos esticam
de um gelo lá do norte
dos farejamentos suspeitos
que eu suspeito nao passar
das mesmices dos brincalhões
de gnomos que cirandam em meu peito

Cara, tem que ter colhões
pra amar essa mulher,
já fico louco, já vê?
de jogar pedra com colher
em avião de papel machê

Mas Cara, como eu ainda amo essa mulher
Eu bebo bebo bebo.
E ainda amo essa mulher,
quando acordo mais cedo
do que acordaria
se não amasse essa mulher.

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