Alguém já fez confissões ao passado?
De tanta necessidade
De sumir de um relógio clicante malvado
Como nas ruas ruas chuvosas esbucaradas
Em que fechamos os olhos
pra não ver as pisadas
E perceber, que o passado
É apenas um olho sem fundo
Inencarável
Jogado no infinito desejo de bobeiras
Sem saída, abrimos os nossos olhos pro mundo antigo
Olhar perplexo
Pois as ferrugens,
Até elas já se foram
Não sobraram
Nem faro nem rastro
É um olhar perdido num universo
Onde as estrelas se apagaram
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