Minha artéria entupiu,
me safei,
dizem ser caso de sorte...
Mas driblo todo dia a morte...
Ela e sua pele de osso
fungando o meu tenso cangote...
Em inocentes dormitadas...
Qualquer cascavel beijada...
E não estudo artimanhas ousadas
basta encarar a dama de preto
bem nos seus olhos de buracos negros
cavá-los muito a fundo,
como se escondesse-se sempre lá
uma menina que quer dançar...
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