Algumas virulências
assombraram os meus sonhos
Os "para sempre", demências
sempre ditas em fé cega
mostraram-se só roncos
não os ouço adormecido
e me acordam adoecido
sempre para a triste constatação
que sonho é só ruminação
de vidas imastigáveis
livros incompletáveis
pretensões imensuráveis
promessas vazias como um olho de um cego
promessas inúteis como um homem com ego
Estranhas virulências
bateram minha cabeça
no travesseiro umidecido
pelas nuvens que eu quis soltar
mas que o sopro do despertar
congelaram em meu olho de vidro
Há tantas afogado em leite materno
fui cuspido
pelo asco da morte e sua foice.
fui despido
pelo grito da mórbida noite
Que jamais me esperará pra puxar o dia
jamais me esperará.
E eu ainda escalo o monte
para ver o sol nascer
Mesmo vendo tantos esqueletos chisparem imundos
em inútil queda
Mesmo vendo meus cabelos caindo junto
sem nenhuma festa
Mesmo escrevendo com fraco punho
este monte de merda.
Do caralho
ResponderExcluirthankx bro
ResponderExcluir