sábado, 24 de novembro de 2012

Rômulo, o Rato inquieto.


Rômulo, o rato contador de moedas
Percebeu que os queijos solares
Só voariam de volta aos céus
Se ele comprasse o equipamento necessário.
Tentou da gasolina ao cigarro
Mas afinal, a resposta fatal
Era muito mais simples do que um manual
De engenharia nuclear.
O rato foi ao cartório municipal
E foi-se chamar esquilo
Afundou o rabo em cola
e depois numa sacola
Recheada de pêlos fofos
Assim os queijos voltaram a decolar
Deixando para trás os mofos
Levando o ratinho ao paraíso secreto
Das núpcias nova iorquinas
E lá nessas esquinas
Rômulo enfim avistou o sagrado sofá de veludo vermelho
E as putas de cabaré.
Mas lá nada tinha de engraçado
Nem uísque com café
Lhe deixava embriagado.
Então ele pegou o queijo lunar e desceu de volta para a noite que sempre fora a sua casa normal.
E deixou os queijos solares para quem gostasse de ser especial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário