Fantástico o final do filme... O cara é sistemático e egocêntrico, criativo, mas pessimista e inseguro. A moça super talentosa, exasperada, inocente e vívida... O relacionamento entre os dois termina com ele continuando em Nova Iorque, como quis, retraído e impassivo, e ela após conviver com ele, consegue externar suas vontades e talentos. Essa transição é representada no momento em que o homem introduz a mulher na Psicanálise, com a qual ela consegue se "libertar". E ele fazia análise há muito tempo... Mas a análise não é causa em si, é apenas uma representação da expansão da mulher, ela dá uma reviravolta na vida, expõe seu talento como cantora, busca novas experiências e foge da antiga imobilidade, típica do seu parceiro. Essa "libertação" leva ao fim do relacionamento dos dois, ela se desapega dele.
O fantástico é a "piada" final contada pelo protagonista masculino, que é um comediante:
Um rapaz conta a seu analista que seu irmão é um frangote. O analista então aconselha-o a dizer isso com sinceridade ao irmão. E o paciente responde que não pode dizer isso, pois precisa dos ovos do frango.
Ele enfim conclui: hoje os relacionamentos que as pessoas vivem são inconstrutivos, sem sentido algum, absurdos, mas mesmo assim continua-se a vivê-los.
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