Éramos
Jovens, belos, amigos
Andávamos juntos na rua
Vadiando, chutando as latas
Gargalhando, tirando sarro
e fumando cigarro nas matas.
E o riso era desatado
Sem amarras nem malícias
Sem machucar as verdades
Temerosas em miúdas idades.
Mas quando chegou o douro da dama
Chacoalhando seu guizo
Um decote explosivo
Sem teimas na cama
Avançamos na cascavel
Que babava tal mel
Ela então mente e evapora.
E os amigos se arrebentam de frente
Quebrando e arrancando seus dentes.
Não são mais jovens, nem belos amigos.
Agora são ratos, escarrados, fedidos.
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