Os gases lunares
derramam sobre violas
oleando as cordas
a vibrarem meus respirares
quebradiço
grosso fardo
matando o silêncio ruidoso
que se afigura
na pausa do almoço
do capataz que tortura
o músico no fosso
Algoz cujo nome
não serve pra homem
É o chicote-rojão
arranca-coração
E a noite acolhe o homem
que foi sendo gasto
pelo esfolar do dia
desde a hora
do primeiro olhar solar
que lhe deu a alegria
pro dreno da rotina.
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