sábado, 13 de outubro de 2012

Os gases lunares

Os gases lunares
derramam sobre violas
oleando as cordas
a vibrarem meus respirares
quebradiço
grosso fardo
 matando o silêncio ruidoso
que se afigura
na pausa do almoço
do capataz que tortura
o músico no fosso

Algoz cujo nome
não serve pra homem
É o chicote-rojão
arranca-coração

E a noite acolhe o homem
que foi sendo gasto
pelo esfolar do dia
desde a hora
do primeiro olhar solar
que lhe deu a alegria
pro dreno da rotina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário