O maior segredo
do universo
que o profeta imerso
nos esquecimentos
do velho tempo
Aquele que
alinharia os planetas
valia mais que
dez mil tetas
O maior de todos
derramado nos forros
do leito de morte
do fiel sarcedote
Último portador
do sumo ardor
do gongo
do juízo final
a volante nau
do céu choroso
o ouro de eldorado
o reviver do finado.
E o moribundo soltou
no suspiro do fim
Ao Poeta chinfrim
enfim segredou
Mas, oras bolas
o poeta esqueceu
o tesouro do céu
que então era seu.
No dobro da rua
venceu uma puta
um tostão sem labuta
e escafedeu.
Seu trunfo sabido
pra sempre perdeu.
Enterrou o eterno
na cova do tempo
matou
a imortalidade.
Sem usar terno
e nem piedade
E vê, o poeta
nem espremeu
o caldo da testa
Foi-se em festa
ao pé da ribeira
banhar-se em paz
na cachoeira dos pobres
com satanás.
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