segunda-feira, 18 de junho de 2012

Queridos porteiros tristes

Ouvi dizer nas ruas adjacentes
Que os porteiros andam doentes
Padecem de solidão
E quem diagnosticou a doença
Foi a pequenina televisão
A fogueira que aquece
O rosto anônimo do guardião

Atrás do terno escarlate
E do sorriso automático
Há um existir sufocado
Que sim, respira
E sonha escondido

É um vulto na guarita
Mas em casa leva a vida
Cada pão de cada dia
Um sorriso para a filha

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