Eu falo é da borda da vida
Donde a jovem gengiva
sangra, rachada de sede
A lâmina
de que será feita a vida
Depois que se fatiam
As crenças, as idades
Se cubro ou desnudo
as eternas virgindades
Eu falo é da borda
donde tremulava,
fronteiriça e marcial,
uma bandeira nossa
roubada
que é só sombra no chão
É disso que tento falar
Mas,
como uma seringa
que finca o osso
ficarei no limiar
poise sempre me faltará
a última miligranada
Para enfim me completar
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